segunda-feira, dezembro 03, 2007

Pedras

Amo as pedras da rua, como amo as pessoas…
porque a elas, também confidencio os meus passos.
E sigo sempre em frente…
sem medos e sem angústias.
As pedras seguram os meus pés,
às vezes exangues e trôpegos.
Quantas vezes
estas mesmas pedras
receberam água do meu rosto,
e gélidos gestos de fuga.

Ai se as pedras tivessem alma
os caminhos seriam deuses…


4 comentários:

Paulo disse...

As pedras das ruas, onde, paulatinamente, calcorreamos entregues à crueldade dos quotidinanos, ...com um olhar ceguinho de choro...
Essas confidentes de desassossegos grandes que vem dos confins da infância...biblitoca de sonhos..
As pedras da rua, que nos "suportam" a meio da noite e, por vezes, nos levam a prantos perfumados...
Abraço
Paulo

Paulo disse...

*quatidianos

Arms disse...

É incrível como consegues deixar-me sempre sem palavras!

Adorei cada palavra que li copiosamente. Parabéns pelo lindíssimo poema.

Abraços

AFSC disse...

Bonitas palavras num bonito poema. Parabéns, continuas a escrever lindamente!

Abraço*

 
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