Poema
A minha vida é o mar o Abril a rua
O meu interior é uma atenção voltada para fora
O meu viver escuta
A frase que de coisa em coisa silabada
Grava no espaço e no tempo a sua escrita
Não trago Deus em mim mas no mundo o procuro
Sabendo que o real o mostrará
Não tenho explicações
Olho e confronto
E por método é nu meu pensamento
A terra o sol o vento o mar
São a minha biografia e são meu rosto
Por isso não me peçam cartão de identidade
Pois nenhum outro senão o mundo tenho
Não me peçam opiniões nem entrevistas
Não me perguntem datas nem moradas
De tudo quanto vejo me acrescento
E a hora da minha morte aflora lentamente
Cada dia preparada
Sophia de Mello Breyner Andresen
sexta-feira, junho 16, 2006
Saudades de Sophia...
Hoje o dia amanheceu cinzento. Peguei num livro de Sophia de Mello Breyner Andresen e limitei-me a reler aqueles poemas, que me sabem sempre a mistura de néctares celestiais, servidos em fina taça dourada.
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4 comentários:
Muito boa escolha Viajante!
Espero que descanses no fim de semana.
Beijinho,
Aproveita as saudades para releres «Contos Exemplares» e «A menina do mar».
Oi SeaWalker CONGRATULATIONS FOR MORE ONE VICTORY
És espectacular, eu sinceramente, embora achasse que vocês foram os melhores, mesmo assim julguei que vos destnavam o mesmo que aos juniores.
Parabéns mais uma vez. O mérito é teu.
Os outros elementos estão todos de parabéns incluindo os juniores que foram roubados por um juri mesquinho que quis dar um prémio de consolaçao a alguém que o não merecia mas que por "ratice" já vinha avisando que se não ganhasse não tornavam lá a pôr os pés.
Estes juris esquecem-se com facilidade que este mesmo grupo há dois anos deixou o prémio de 3º lugar no campo mostrando assim o maior desprezo pela organização do evento.
Afinal parece que vale a pena fazer "birrinha".
Obrigado Elfo.
É verdade, os juniores foram injustiçados, mas no próximo ano há mais! :)
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